Um estudo retrospectivo realizado pelo Dr. Petra Kjellman e colegas descobriu que a combinação de baixas doses de metotrexato com dipropionato de betametasona tópica foi um tratamento seguro e eficaz para o pênfigo bolhoso. Por cerca de 50 anos, os glicocorticoides têm sido a principal forma de tratamento para essa condição, porém as altas doses desses medicamentos geralmente necessárias para controlar a inflamação são mal toleradas, especialmente pelos idosos, que são os mais afetados. Para minimizar os efeitos adversos dos glicocorticoides, outros imunossupressores têm sido testados como agentes poupadores de esteroides no pênfigo bolhoso, mas poucos estudos controlados foram realizados.
Nos últimos dez anos, o Dr. Kjellman e seus colegas do departamento de dermatologia e venereologia do Hospital Universitário Karolinska, em Estocolmo, têm utilizado preferencialmente o metotrexato para pacientes com pênfigo bolhoso, com prednisona quando necessário ou quando o metotrexato não podia ser administrado ou tolerado. O tratamento usual envolvia uma dose inicial de 5 mg/semana de metotrexato, com dipropionato de betametasona tópica aplicado duas vezes ao dia até que a doença fosse controlada. Se necessário, a dose de metotrexato era aumentada em 2,5 mg/semana.
Entre 1999 e 2003, 138 pacientes com idade média de 81 anos foram diagnosticados com pênfigo bolhoso. Desses, 57% eram mulheres, 51% tinham doença leve, 38% moderada e 11% grave. O tratamento com metotrexato foi iniciado em 98 pacientes (71%), com uma dose semanal média de 5 mg. Entre esses pacientes, 61 continuaram com monoterapia de metotrexato e tiveram uma dose cumulativa média de 280 mg.
A mortalidade no pênfigo bolhoso é considerável, com relatos anteriores de mortalidade em um ano variando de 10% a 41%. Nesta série, a sobrevivência em dois anos foi de 65%, 67%, 47% e 52% nos quatro grupos, respectivamente, e houve uma tendência para uma melhor sobrevivência nos pacientes tratados com metotrexato, com tempos médios de sobrevivência de 38 e 24 meses nos grupos 1 e 2, respectivamente.
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No dia 13 de junho é celebrado o Dia Internacional de Conscientização sobre o Albinismo, uma data instituída pela ONU em 2014 com o objetivo de dar visibilidade às pessoas com albinismo, combater o preconceito e ampliar o conhecimento da sociedade sobre essa condição genética rara. Recentemente, entrou em vigor a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Albinismo, estabelecida pela Lei nº 15.140, proporcionando avanços para garantir direitos e cuidados especializados. A Sociedade Brasileira de Dermatologia destaca a importância dessa política para melhorar a qualidade de vida das pessoas com albinismo. O albinismo é caracterizado pela ausência ou deficiência de melanina, pigmento que dá cor à pele, olhos e cabelos, tornando a pele extremamente sensível à luz solar. Isso aumenta o risco de queimaduras graves e câncer de pele. Os tipos mais comuns de câncer de pele entre pessoas com albinismo são os carcinomas não melanoma, como o carcinoma espinocelular e o carcinoma basocelular, que podem evoluir de forma agressiva se não forem tratados precocemente. No Brasil, onde a exposição solar é constante, a Sociedade Brasileira de Dermatologia atua na defesa de políticas públicas para prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de pele. A campanha Dezembro Laranja destaca a importância da fotoproteção, especialmente para grupos de risco como as pessoas com albinismo. Medidas preventivas, como o uso diário de protetor solar, roupas adequadas e óculos de proteção, são essenciais, porém o alto custo desses itens representa um desafio. A SBD defende a distribuição gratuita de protetores solares e roupas adequadas, propondo a inclusão dos fotoprotetores na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) para oferta pelo SUS. Além disso, recomenda a criação de programas de fotoproteção e a articulação com a indústria para produção acessível de fotoprotetores de qualidade. Essas medidas visam reduzir a incidência de câncer de pele entre pessoas com albinismo, aproveitando a nova Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Albinismo para fortalecer essas ações.