Reflexões sobre a vida e o envelhecimento na conferência de encerramento do IX Congresso de Humanidades Médicas
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Reflexões sobre a vida e o envelhecimento na conferência de encerramento do IX Congresso de Humanidades Médicas

A conferência de encerramento do IX Congresso de Humanidades Médicas, realizada em Brasília, teve como tema "Entre a longevidade e a brevidade da vida, a luta contra a impermanência". O encontro foi presidido por Krikor Boyaciyan e teve como secretária Helena Maria Carneiro Leão, membros da Comissão de Humanidades Médicas do CFM. O padre e médico Aníbal Gil Lopes conduziu a conferência, trazendo reflexões sobre envelhecimento e felicidade em uma sociedade que impõe padrões. Aníbal Gil Lopes destacou a dualidade entre o desejo humano pela permanência e a realidade da brevidade da vida. Segundo ele, a essência da vida está na constante transformação: "Eu só posso aprender quando percebo que não sei. Eu só posso me tornar o que não sou". Essa percepção revela a grandiosidade do que nos falta e impulsiona o desenvolvimento humano. O conferencista ressaltou a importância de repensar o envelhecimento em uma sociedade que valoriza a longevidade. Para ele, envelhecer não significa apenas perda, mas também a oportunidade de redescobrir significados e valores: "É através desse processo desafiador que compreendemos o verdadeiro valor do que perdemos e do que não temos", afirmou. Aníbal Gil Lopes também alertou sobre os desejos impostos pela sociedade e pela mídia, que muitas vezes afastam as pessoas de suas verdadeiras aspirações. Ele enfatizou que a plenitude da vida está na conexão com os outros: "Não somos humanos isoladamente, somos humanos como parte da humanidade. A plenitude da vida está na relação contínua, no crescimento e na infinitude do ser", concluiu.

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Ministro do STF alerta sobre aplicação das Súmulas Vinculantes relacionadas a medicamentos

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), fez um alerta aos gestores públicos, distribuidoras e empresas farmacêuticas sobre a obrigatoriedade de seguir as Súmulas Vinculantes nº 60 e nº 61. Essas súmulas devem ser seguidas por todos os órgãos do Poder Judiciário e pela administração pública em todos os níveis, federal, estadual e municipal, especialmente no que diz respeito ao fornecimento judicial de medicamentos e ao cumprimento do Preço Máximo de Venda ao Governo (PMVG). O aviso foi motivado pelo julgamento de um recurso do Estado de Santa Catarina, em que o ministro Gilmar Mendes é relator. O Estado questionou uma decisão do Tribunal de Justiça local que determinou o fornecimento de um medicamento que não está nas listas oficiais oferecidas pelo SUS, como a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename), Relação Estadual de Medicamentos (Resme) ou Relação Municipal de Medicamentos (Remune). O ministro destacou o aumento significativo de reclamações relacionadas ao descumprimento das teses estabelecidas pelo STF. Segundo dados do painel de transparência "Corte Aberta", houve um crescimento de 460% no número de recursos relacionados ao direito à saúde dirigidos ao STF entre 2023 e agosto de 2025. Gilmar Mendes ressaltou que esse aumento ocorreu principalmente após a criação das Súmulas Vinculantes 60 e 61, sendo descumpridas tanto pela Administração Pública quanto pelo Poder Judiciário. Para garantir a correta implementação das teses do STF, o ministro emitiu orientações à Corregedoria Nacional de Justiça, aos gestores públicos da saúde e à Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). Além disso, a decisão foi comunicada ao Conselho Federal de Medicina (CFM) para que adote as medidas necessárias. O CFM faz parte de um grupo de trabalho do STF responsável por propor soluções técnicas e implementar uma ferramenta digital para centralizar as demandas relacionadas ao acesso e aquisição de medicamentos pelo SUS. A participação do Conselho nesse projeto se deu por meio da plataforma Prescrição Eletrônica CFM, disponibilizada gratuitamente aos médicos brasileiros.