Recentemente, no Dana-Farber/Brigham and Women’s Cancer Center em Boston, uma mulher com melanoma metastático teve uma resposta surpreendente à imunoterapia, ficando quase livre do câncer em 12 semanas. Apesar de desenvolver uma erupção cutânea, foi diagnosticada com psoríase relacionada ao tratamento, não representando risco de vida. A dermatologista Nicole LeBoeuf destacou a importância da oncodermatologia de suporte, uma nova subespecialidade emergente na dermatologia, devido aos efeitos colaterais cutâneos causados por imunoterapias e biológicos direcionados.
Com o avanço dos tratamentos oncológicos, surgiram efeitos colaterais cutâneos inéditos, exigindo a presença de dermatologistas para gerenciá-los e decidir sobre a continuidade do tratamento. Atualmente, nos EUA, poucos serviços dedicados de oncodermatologia de suporte estão disponíveis, mas a tendência é que se tornem mais comuns em centros oncológicos em todo o país. A Dra. LeBoeuf, pioneira nessa área, ressalta a necessidade urgente da participação de dermatologistas no cuidado de pacientes com câncer.
Os novos tratamentos tornaram o câncer menos letal em alguns casos, porém, muitos deles afetam a pele, causando problemas. Imunoterapias como pembrolizumab e nivolumab, que estimulam o sistema imunológico para combater o câncer, também podem desencadear eventos adversos semelhantes a doenças autoimunes, como lúpus e psoríase. Já as terapias-alvo interferem em moléculas específicas necessárias para o crescimento tumoral, mas estão associadas a diversos efeitos colaterais cutâneos. Agentes que visam fatores de crescimento vascular, como sorafenibe e bevacizumabe, podem causar reações cutâneas dolorosas. A oncodermatologia surge como uma área essencial para lidar com essas complexidades no tratamento do câncer.
Entre em contato para assuntos comercias, clique aqui.