30/03/2025
Acessibilidade
Compartilhar

Redução de medo e ansiedade em crianças durante procedimentos dermatológicos

Um relatório publicado na revista Pediatric Dermatology sugere que é possível reduzir o medo e a ansiedade em crianças submetidas a procedimentos dermatológicos com técnicas baseadas na terapia cognitivo-comportamental. O estudo destaca a importância de preparar as crianças antecipadamente e utilizar estratégias de CBT para reduzir a ansiedade no momento do procedimento.

Os pesquisadores recomendam ser honesto com as crianças sobre o que esperar do procedimento, evitando frases como "Não vai doer" para reduzir a ansiedade. Além disso, a divulgação do procedimento no momento certo e a criação de um ambiente adequado também podem ajudar a diminuir a ansiedade.

As técnicas baseadas em CBT incluem respiração profunda, afirmações positivas e distrações, como brinquedos ou música. Permitir que as crianças escolham sua posição e localização durante o procedimento, evitando restrições físicas desnecessárias, também é recomendado.

A incorporação dessas estratégias não só facilita a prática da dermatologia pediátrica, mas também melhora a adesão dos pacientes aos procedimentos dolorosos. Fonte: Armenta AM et al. Pediatr Dermatol. 2019. doi: 10.1111/pde.13739.

Faça login para comentar
Faça um comentário:

Comentários:

0 Comentários postados

Entre em contato para assuntos comercias, clique aqui.

Notícias Relacionadas

Alerta para um problema comum no verão

Alerta para um problema comum no verão

Hanseníase em destaque no 47º Dermatrop

Hanseníase em destaque no 47º Dermatrop

Risco de recaída em pacientes com pênfigo em remissão completa é reduzido com infusão adicional de rituximabe, aponta estudo

Risco de recaída em pacientes com pênfigo em remissão completa é reduzido com infusão adicional de rituximabe, aponta estudo

A importância dos cuidados no Dia do Beijo

A importância dos cuidados no Dia do Beijo

Dieta ocidental e microbiota intestinal podem desempenhar papel na inflamação psoriática

Um estudo realizado em camundongos mostrou que uma dieta ocidental de curto prazo facilitou o desenvolvimento de inflamação cutânea e articular semelhante à psoríase mediada por interleucina (IL)-23 e causou alterações na microbiota intestinal. Os pesquisadores afirmam que esses achados reforçam a importância da dieta e identificam a microbiota intestinal como um possível elo patogênico entre a dieta e a inflamação psoriática. O estudo, publicado no Journal of Investigative Dermatology, foi conduzido pelo Dr. Samuel T. Hwang, professor e chefe de dermatologia da Universidade da Califórnia, Davis. Os camundongos alimentados com uma dieta ocidental não se tornaram obesos durante o estudo, o que sugere que essa dieta pode ter impacto independente da obesidade. Os resultados indicaram que a dieta ocidental levou a alterações na pele e nas articulações dos camundongos, com aumento da espessura da epiderme e presença de células imunes específicas. Além disso, os camundongos alimentados com essa dieta apresentaram menor diversidade microbiana em comparação com os alimentados com ração convencional. Os pesquisadores observaram que o tratamento com antibióticos de amplo espectro suprimiu a inflamação cutânea e articular mediada por IL-23 nos camundongos alimentados com dieta ocidental, confirmando o papel da disbiose. Além disso, a mudança da dieta de ocidental para convencional resultou em redução da inflamação e aumento da diversidade da microbiota intestinal. O Dr. Wilson Liao, professor da Universidade da Califórnia, San Francisco, destacou que o estudo fornece evidências de que a dieta pode afetar não apenas a psoríase, mas também a artrite psoriásica, por meio da alteração da proporção de bactérias benéficas e prejudiciais no intestino. Ele ressaltou a importância de compreender quais bactérias intestinais específicas contribuem para a inflamação psoriática, o que poderia levar a novos tratamentos para essas condições. Os pesquisadores planejam investigar como a microbiota intestinal pode influenciar a inflamação, visando desenvolver abordagens terapêuticas inovadoras para a psoríase e a artrite psoriásica.

Tratamento eficaz para pênfigo bolhoso

Um estudo retrospectivo realizado pelo Dr. Petra Kjellman e colegas descobriu que a combinação de baixas doses de metotrexato com dipropionato de betametasona tópica foi um tratamento seguro e eficaz para o pênfigo bolhoso. Por cerca de 50 anos, os glicocorticoides têm sido a principal forma de tratamento para essa condição, porém as altas doses desses medicamentos geralmente necessárias para controlar a inflamação são mal toleradas, especialmente pelos idosos, que são os mais afetados. Para minimizar os efeitos adversos dos glicocorticoides, outros imunossupressores têm sido testados como agentes poupadores de esteroides no pênfigo bolhoso, mas poucos estudos controlados foram realizados. Nos últimos dez anos, o Dr. Kjellman e seus colegas do departamento de dermatologia e venereologia do Hospital Universitário Karolinska, em Estocolmo, têm utilizado preferencialmente o metotrexato para pacientes com pênfigo bolhoso, com prednisona quando necessário ou quando o metotrexato não podia ser administrado ou tolerado. O tratamento usual envolvia uma dose inicial de 5 mg/semana de metotrexato, com dipropionato de betametasona tópica aplicado duas vezes ao dia até que a doença fosse controlada. Se necessário, a dose de metotrexato era aumentada em 2,5 mg/semana. Entre 1999 e 2003, 138 pacientes com idade média de 81 anos foram diagnosticados com pênfigo bolhoso. Desses, 57% eram mulheres, 51% tinham doença leve, 38% moderada e 11% grave. O tratamento com metotrexato foi iniciado em 98 pacientes (71%), com uma dose semanal média de 5 mg. Entre esses pacientes, 61 continuaram com monoterapia de metotrexato e tiveram uma dose cumulativa média de 280 mg. A mortalidade no pênfigo bolhoso é considerável, com relatos anteriores de mortalidade em um ano variando de 10% a 41%. Nesta série, a sobrevivência em dois anos foi de 65%, 67%, 47% e 52% nos quatro grupos, respectivamente, e houve uma tendência para uma melhor sobrevivência nos pacientes tratados com metotrexato, com tempos médios de sobrevivência de 38 e 24 meses nos grupos 1 e 2, respectivamente.

Veja também: