Um estudo realizado em camundongos mostrou que uma dieta ocidental de curto prazo facilitou o desenvolvimento de inflamação cutânea e articular semelhante à psoríase mediada por interleucina (IL)-23 e causou alterações na microbiota intestinal. Os pesquisadores afirmam que esses achados reforçam a importância da dieta e identificam a microbiota intestinal como um possível elo patogênico entre a dieta e a inflamação psoriática.
O estudo, publicado no Journal of Investigative Dermatology, foi conduzido pelo Dr. Samuel T. Hwang, professor e chefe de dermatologia da Universidade da Califórnia, Davis. Os camundongos alimentados com uma dieta ocidental não se tornaram obesos durante o estudo, o que sugere que essa dieta pode ter impacto independente da obesidade.
Os resultados indicaram que a dieta ocidental levou a alterações na pele e nas articulações dos camundongos, com aumento da espessura da epiderme e presença de células imunes específicas. Além disso, os camundongos alimentados com essa dieta apresentaram menor diversidade microbiana em comparação com os alimentados com ração convencional.
Os pesquisadores observaram que o tratamento com antibióticos de amplo espectro suprimiu a inflamação cutânea e articular mediada por IL-23 nos camundongos alimentados com dieta ocidental, confirmando o papel da disbiose. Além disso, a mudança da dieta de ocidental para convencional resultou em redução da inflamação e aumento da diversidade da microbiota intestinal.
O Dr. Wilson Liao, professor da Universidade da Califórnia, San Francisco, destacou que o estudo fornece evidências de que a dieta pode afetar não apenas a psoríase, mas também a artrite psoriásica, por meio da alteração da proporção de bactérias benéficas e prejudiciais no intestino. Ele ressaltou a importância de compreender quais bactérias intestinais específicas contribuem para a inflamação psoriática, o que poderia levar a novos tratamentos para essas condições.
Os pesquisadores planejam investigar como a microbiota intestinal pode influenciar a inflamação, visando desenvolver abordagens terapêuticas inovadoras para a psoríase e a artrite psoriásica.
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No dia 13 de junho é celebrado o Dia Internacional de Conscientização sobre o Albinismo, uma data instituída pela ONU em 2014 com o objetivo de dar visibilidade às pessoas com albinismo, combater o preconceito e ampliar o conhecimento da sociedade sobre essa condição genética rara. Recentemente, entrou em vigor a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Albinismo, estabelecida pela Lei nº 15.140, proporcionando avanços para garantir direitos e cuidados especializados. A Sociedade Brasileira de Dermatologia destaca a importância dessa política para melhorar a qualidade de vida das pessoas com albinismo. O albinismo é caracterizado pela ausência ou deficiência de melanina, pigmento que dá cor à pele, olhos e cabelos, tornando a pele extremamente sensível à luz solar. Isso aumenta o risco de queimaduras graves e câncer de pele. Os tipos mais comuns de câncer de pele entre pessoas com albinismo são os carcinomas não melanoma, como o carcinoma espinocelular e o carcinoma basocelular, que podem evoluir de forma agressiva se não forem tratados precocemente. No Brasil, onde a exposição solar é constante, a Sociedade Brasileira de Dermatologia atua na defesa de políticas públicas para prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de pele. A campanha Dezembro Laranja destaca a importância da fotoproteção, especialmente para grupos de risco como as pessoas com albinismo. Medidas preventivas, como o uso diário de protetor solar, roupas adequadas e óculos de proteção, são essenciais, porém o alto custo desses itens representa um desafio. A SBD defende a distribuição gratuita de protetores solares e roupas adequadas, propondo a inclusão dos fotoprotetores na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) para oferta pelo SUS. Além disso, recomenda a criação de programas de fotoproteção e a articulação com a indústria para produção acessível de fotoprotetores de qualidade. Essas medidas visam reduzir a incidência de câncer de pele entre pessoas com albinismo, aproveitando a nova Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Albinismo para fortalecer essas ações.