Dando início à programação científica do IX Congresso de Humanidades Médicas, especialistas se reuniram para discutir os desafios atuais relacionados à busca pelo corpo idealizado. A mesa destacou as consequências físicas e psicológicas dessa pressão social crescente.
O presidente da mesa ressaltou que, com os avanços tecnológicos, os procedimentos estéticos se tornaram mais acessíveis, levando pacientes a se submeterem a riscos muitas vezes não aceitáveis. A reflexão ética e responsável sobre esses limites foi destacada como fundamental.
Em seguida, um membro da Comissão de Humanidades Médicas trouxe uma abordagem filosófica, relacionando a beleza à expressão da vida e destacando a importância da contemplação da diversidade do mundo.
O conselheiro da Comissão de Bioética do CFM abordou a ideia de corrupção da beleza na sociedade atual, ressaltando a perda de limites e sua contribuição para problemas físicos e mentais.
O presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria alertou para os transtornos mentais causados pela pressão estética, especialmente em adolescentes e jovens, enfatizando que, muitas vezes, a busca pela saúde resulta em doença.
Por fim, a conselheira federal abordou os desafios éticos em procedimentos estéticos, ressaltando a importância do médico como guardião da saúde e da necessidade de impor limites quando os riscos superam os benefícios.
O debate evidenciou que a busca pelo corpo perfeito vai além de um fenômeno cultural, sendo um desafio médico, ético e social que requer reflexão crítica e ação responsável da medicina brasileira.
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