Tratamento da Hidradenite Supurativa Estágio III
19/01/2025
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Tratamento da Hidradenite Supurativa Estágio III

Quando comecei a trabalhar em dermatologia há quase 8 anos, a hidradenite supurativa (HS) parecia ser uma condição complexa e imprevisível. No entanto, ao longo do tempo, percebi que é mais comum e impactante do que imaginava. Pacientes com HS merecem um tratamento adequado e, com as ferramentas corretas, podemos fazer a diferença em suas vidas.

Como co-presidente da Sociedade de Assistentes de Dermatologia (SDPA), tive a oportunidade de participar de uma palestra abrangente sobre HS ministrada pela Dra. Tiffany Mayo, da Universidade do Alabama em Birmingham. A palestra destacou a importância do tratamento da HS e forneceu estratégias práticas para lidar com a condição.

HS não se resume apenas a nódulos dolorosos ou abscessos. É uma condição inflamatória sistêmica que afeta áreas sensíveis como axilas, virilha e nádegas. Além disso, está associada a problemas metabólicos, condições reumatológicas, distúrbios gastrointestinais, lutas psicológicas e até mesmo malignidades.

Ao evitar tratar a HS, deixamos os pacientes lidarem com uma condição que afeta seu bem-estar físico, emocional e social. No entanto, ao intervir e tratar adequadamente, não oferecemos apenas alívio dos sintomas, mas devolvemos aos pacientes a qualidade de vida.

É compreensível a hesitação dos profissionais de saúde em lidar com a HS, devido à sua imprevisibilidade e complexidade. No entanto, a intervenção precoce e estratégias de tratamento adaptáveis são fundamentais para superar essas barreiras.

Para pacientes grávidas, por exemplo, é possível oferecer soluções com base no conhecimento adequado. O objetivo não é a perfeição, mas sim o progresso no tratamento da condição.

O tratamento da HS deve começar com medidas básicas, como o uso de lavagens com peróxido de benzoíla, clindamicina tópica e outros antissépticos. Antibióticos podem ser úteis em casos leves, enquanto terapias hormonais e metformina podem ser consideradas para estabilizar a condição metabólica e inflamatória.

Pacientes com crises frequentes ou alterações estruturais mais graves podem necessitar de terapias sistêmicas, incluindo biológicos. É fundamental estar preparado para oferecer uma variedade de opções de tratamento adaptadas a cada paciente.

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