O avanço da inteligência artificial (IA) em diversos setores da sociedade, a qualidade do ensino nas escolas médicas do Brasil e os impactos da atividade humana no meio ambiente foram temas discutidos em uma mesa redonda sobre bioética e educação em saúde durante o VI Encontro Luso-Brasileiro de Bioética do Conselho Federal de Medicina (CFM).
O professor Tião Viana, da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (UnB), alertou para a importância de melhorar a formação dos estudantes de medicina no país, destacando que a falta de qualidade pode tornar os médicos obsoletos diante do avanço da inteligência artificial. Ele ressaltou a necessidade de implementar um exame de proficiência para garantir a qualidade da prática médica e proteger a vida dos pacientes.
O médico Pedro Fernando Vasconcelos, pesquisador do Instituto Evandro Chagas, também enfatizou a importância de aprimorar a formação dos futuros médicos, ressaltando a necessidade de hospitais de ensino e médicos como professores. Ele alertou para os desafios que surgem com a degradação do meio ambiente, que pode resultar no surgimento de novas doenças devido ao desequilíbrio dos ecossistemas.
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Um estudo de fase 1b, em dose escalonada, mostrou que a combinação de dois novos agentes imunológicos tem apresentado evidências iniciais de eficácia contra melanoma maligno, leiomiossarcoma e câncer de mama triplo-negativo. O estudo envolveu 11 pacientes avaliáveis, dos quais 2 tiveram uma resposta parcial e 3 mantiveram a doença estável. Os pacientes toleraram bem a combinação, sem eventos adversos graves ou toxicidades limitantes de dose. Os dados farmacodinâmicos demonstram a ativação do sistema imunológico adaptativo e inato, com evidências iniciais de atividade clínica em pacientes refratários a inibidores de checkpoint com regimes de imunoterapia. O estudo REVEAL é uma pesquisa em andamento que avalia a combinação em vários tipos de câncer, com o objetivo principal de avaliar a segurança, determinar a dose ideal para a fase 2, avaliar biomarcadores de resposta e analisar a atividade antitumoral. Os eventos adversos mais comuns relacionados ao tratamento foram sintomas semelhantes aos da gripe, erupção cutânea, fadiga, prurido e náusea. A maioria dos eventos foi atribuída ao bempegaldesleucina, sem intercorrências imunomediadas ou interrupção do estudo. A combinação desses agentes levou a um efeito antitumoral robusto em modelos pré-clínicos, envolvendo lesões distantes por meio do efeito abscopal. As biópsias confirmaram a ativação de receptores específicos e a indução de interferon, necessários para a apresentação de antígenos. A complementaridade dos dois agentes foi evidenciada na avaliação de amostras de sangue periférico, mostrando a proliferação de células T e NK para potencializar a resposta imunológica sistêmica.