No segundo dia do III Fórum do Ato Médico, a primeira mesa de debates abordou o tema "Ameaças às prerrogativas médicas - abusos de autoridade, risco sanitário e ameaças ao sigilo e à privacidade". O advogado do CFM, Armando Rodrigues Alves, ministrou a primeira palestra sobre o abuso de autoridade e sua relação com as prerrogativas médicas, destacando os limites conferidos pela Constituição Federal de 1988 aos poderes instrumentais. A apresentação também abordou o sigilo profissional, ressaltando a inviolabilidade dos prontuários médicos e a proteção da privacidade de médicos e pacientes.
O coordenador da Assessoria Jurídica do CFM, José Alejandro Bullon Silva, reforçou a importância da proteção ao sigilo médico-paciente, destacando que essa questão vai além das resoluções e está fundamentada na Constituição Federal e em princípios como o Juramento de Hipócrates e a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Já o presidente do Cremesp, Angelo Vattimo, abordou as invasões de consultórios e unidades de saúde por parlamentares, ressaltando os prejuízos causados à intimidade do paciente e ao sigilo médico. Ele destacou a atuação dos Conselhos como essencial para coibir essas práticas e mencionou medidas adotadas pelo Cremesp para solucionar o problema no estado de São Paulo.
Entre em contato para assuntos comercias, clique aqui.
Um estudo de fase 1b, em dose escalonada, mostrou que a combinação de dois novos agentes imunológicos tem apresentado evidências iniciais de eficácia contra melanoma maligno, leiomiossarcoma e câncer de mama triplo-negativo. O estudo envolveu 11 pacientes avaliáveis, dos quais 2 tiveram uma resposta parcial e 3 mantiveram a doença estável. Os pacientes toleraram bem a combinação, sem eventos adversos graves ou toxicidades limitantes de dose. Os dados farmacodinâmicos demonstram a ativação do sistema imunológico adaptativo e inato, com evidências iniciais de atividade clínica em pacientes refratários a inibidores de checkpoint com regimes de imunoterapia. O estudo REVEAL é uma pesquisa em andamento que avalia a combinação em vários tipos de câncer, com o objetivo principal de avaliar a segurança, determinar a dose ideal para a fase 2, avaliar biomarcadores de resposta e analisar a atividade antitumoral. Os eventos adversos mais comuns relacionados ao tratamento foram sintomas semelhantes aos da gripe, erupção cutânea, fadiga, prurido e náusea. A maioria dos eventos foi atribuída ao bempegaldesleucina, sem intercorrências imunomediadas ou interrupção do estudo. A combinação desses agentes levou a um efeito antitumoral robusto em modelos pré-clínicos, envolvendo lesões distantes por meio do efeito abscopal. As biópsias confirmaram a ativação de receptores específicos e a indução de interferon, necessários para a apresentação de antígenos. A complementaridade dos dois agentes foi evidenciada na avaliação de amostras de sangue periférico, mostrando a proliferação de células T e NK para potencializar a resposta imunológica sistêmica.