Durante o III Fórum do Ato Médico, representantes da Justiça e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) discutiram sobre como a invasão das prerrogativas médicas afeta negativamente a sociedade. O presidente da mesa, Francisco Cardoso, destacou que as consequências desse desrespeito refletem diretamente na qualidade do atendimento médico. A mesa também contou com a participação da conselheira federal Yáscara Pinheiro Lages.
A juíza Ana Cláudia Brandão, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) e membro do Fórum Nacional do Judiciário para a Saúde (Fonajus), compartilhou sua experiência prática no julgamento de ações relacionadas à invasão do ato médico. Ela ressaltou que essa prática tem sobrecarregado o sistema de saúde, levando à judicialização por parte dos pacientes, que muitas vezes ficam confusos sobre as competências de cada profissional.
De acordo com Ana Cláudia, as ações judiciais decorrentes de danos em serviços de saúde aumentaram significativamente, em grande parte devido à invasão do ato médico. Ela enfatizou a importância do apoio técnico das entidades médicas para embasar as decisões judiciais com base em evidências científicas, visando a segurança dos pacientes. A juíza também mencionou a redução das judicializações após a edição das Súmulas Vinculantes 60 e 61 pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Além disso, Ana Cláudia destacou a necessidade de protocolos claros para casos específicos, como o tratamento de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), ressaltando a importância de diretrizes que possam orientar os juízes nesses casos. Ela defendeu o combate conjunto ao exercício ilegal da medicina, enfatizando que a quebra da confiança na medicina gera insegurança jurídica e impacta todo o sistema de saúde.
Por fim, a diretora interina da ANS, Carla Soares, reforçou a importância de combater a invasão do ato médico, ressaltando que o acesso a exames e tratamentos deve ocorrer mediante solicitação do médico assistente ou cirurgião dentista. Ela destacou o compromisso da ANS em garantir a segurança e competência de cada profissional de saúde, enfatizando a necessidade de ações conjuntas para preservar a integridade do sistema de saúde.
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Um estudo de fase 1b, em dose escalonada, mostrou que a combinação de dois novos agentes imunológicos tem apresentado evidências iniciais de eficácia contra melanoma maligno, leiomiossarcoma e câncer de mama triplo-negativo. O estudo envolveu 11 pacientes avaliáveis, dos quais 2 tiveram uma resposta parcial e 3 mantiveram a doença estável. Os pacientes toleraram bem a combinação, sem eventos adversos graves ou toxicidades limitantes de dose. Os dados farmacodinâmicos demonstram a ativação do sistema imunológico adaptativo e inato, com evidências iniciais de atividade clínica em pacientes refratários a inibidores de checkpoint com regimes de imunoterapia. O estudo REVEAL é uma pesquisa em andamento que avalia a combinação em vários tipos de câncer, com o objetivo principal de avaliar a segurança, determinar a dose ideal para a fase 2, avaliar biomarcadores de resposta e analisar a atividade antitumoral. Os eventos adversos mais comuns relacionados ao tratamento foram sintomas semelhantes aos da gripe, erupção cutânea, fadiga, prurido e náusea. A maioria dos eventos foi atribuída ao bempegaldesleucina, sem intercorrências imunomediadas ou interrupção do estudo. A combinação desses agentes levou a um efeito antitumoral robusto em modelos pré-clínicos, envolvendo lesões distantes por meio do efeito abscopal. As biópsias confirmaram a ativação de receptores específicos e a indução de interferon, necessários para a apresentação de antígenos. A complementaridade dos dois agentes foi evidenciada na avaliação de amostras de sangue periférico, mostrando a proliferação de células T e NK para potencializar a resposta imunológica sistêmica.