Existem centenas de condições que têm a coceira como um sintoma subjacente, de acordo com Brian S. Kim, MD, MTR, professor de dermatologia na Escola de Medicina Icahn do Monte Sinai. Essas condições podem variar de doenças sistêmicas, até mesmo malignas, a irritantes temporários da pele. Isso pode dificultar a identificação de um diagnóstico para os clínicos, segundo Kim.
Diagnosticar a coceira pode se tornar difícil quando não há manifestações primárias na pele, disse Kim em uma entrevista. Quando isso acontece, o primeiro passo é determinar se a coceira é dermatológica ou não. Uma vez que essas preocupações são eliminadas, existem apenas alguns tipos de coceira que as pessoas podem ter.
Além disso, há uma categoria menos conhecida de coceira chamada coceira idiopática, também conhecida como prurido crônico de origem desconhecida. Os casos que se enquadram nessa categoria são os mais difíceis de provar, dependendo principalmente de um diagnóstico de exclusão, disse Kim. Embora essas terapias sejam adições bem-vindas ao arsenal de dermatologistas que tratam condições de coceira, Kim disse que o futuro do tratamento da coceira deve se concentrar em verdadeiros medicamentos anti-coceira.
“Nemolizumab (Nemluvio, Galderma) é provavelmente o primeiro medicamento concebido como anti-pruriginoso”, disse Kim, explicando como dupilumabe e inibidores da Janus quinase não eram medicamentos anti-pruriginosos, mas sim agentes anti-inflamatórios que pararam a coceira por acaso. “Para onde estamos indo é o desenvolvimento de terapias verdadeiramente anti-pruriginosas que irão modular o sistema nervoso na periferia, na medula espinhal e talvez até no cérebro. Dessa forma, podemos realmente extinguir todos os tipos de coceira.”
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No dia 13 de junho é celebrado o Dia Internacional de Conscientização sobre o Albinismo, uma data instituída pela ONU em 2014 com o objetivo de dar visibilidade às pessoas com albinismo, combater o preconceito e ampliar o conhecimento da sociedade sobre essa condição genética rara. Recentemente, entrou em vigor a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Albinismo, estabelecida pela Lei nº 15.140, proporcionando avanços para garantir direitos e cuidados especializados. A Sociedade Brasileira de Dermatologia destaca a importância dessa política para melhorar a qualidade de vida das pessoas com albinismo. O albinismo é caracterizado pela ausência ou deficiência de melanina, pigmento que dá cor à pele, olhos e cabelos, tornando a pele extremamente sensível à luz solar. Isso aumenta o risco de queimaduras graves e câncer de pele. Os tipos mais comuns de câncer de pele entre pessoas com albinismo são os carcinomas não melanoma, como o carcinoma espinocelular e o carcinoma basocelular, que podem evoluir de forma agressiva se não forem tratados precocemente. No Brasil, onde a exposição solar é constante, a Sociedade Brasileira de Dermatologia atua na defesa de políticas públicas para prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de pele. A campanha Dezembro Laranja destaca a importância da fotoproteção, especialmente para grupos de risco como as pessoas com albinismo. Medidas preventivas, como o uso diário de protetor solar, roupas adequadas e óculos de proteção, são essenciais, porém o alto custo desses itens representa um desafio. A SBD defende a distribuição gratuita de protetores solares e roupas adequadas, propondo a inclusão dos fotoprotetores na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) para oferta pelo SUS. Além disso, recomenda a criação de programas de fotoproteção e a articulação com a indústria para produção acessível de fotoprotetores de qualidade. Essas medidas visam reduzir a incidência de câncer de pele entre pessoas com albinismo, aproveitando a nova Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Albinismo para fortalecer essas ações.