Com a chegada do Dia Mundial do Vitiligo, celebrado em 25 de junho, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) destaca a importância da informação, acolhimento e tratamento adequado para resgatar a autoestima dos pacientes e combater o preconceito. O presidente da entidade, Dr. Carlos Barcaui, enfatiza a necessidade de educar a população sobre o vitiligo, uma doença autoimune e genética que afeta a coloração da pele.
O vitiligo não é contagioso, mas pode causar impacto emocional e social significativo. A médica dermatologista da SBD, Dra. Ivonise Follador, explica que a condição ocorre devido ao ataque do sistema imunológico aos melanócitos, células responsáveis pela produção de melanina. Além da predisposição genética, fatores emocionais e traumas físicos na pele podem desencadear as lesões.
Apesar de não haver cura para o vitiligo, existem tratamentos eficazes, como a fototerapia com radiação ultravioleta B, que ajuda a repigmentar a pele. Outras abordagens incluem medicações personalizadas e inibidores imunológicos. A dermatologista destaca a importância de cuidados específicos para evitar o agravamento das lesões, como não retirar as cutículas e evitar procedimentos estéticos agressivos.
Apesar dos desafios, a medicina vislumbra novas abordagens terapêuticas para o vitiligo, trazendo esperança para os pacientes. O apoio, a informação e o tratamento adequado são fundamentais para promover a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas que convivem com essa condição dermatológica.
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No dia 13 de junho é celebrado o Dia Internacional de Conscientização sobre o Albinismo, uma data instituída pela ONU em 2014 com o objetivo de dar visibilidade às pessoas com albinismo, combater o preconceito e ampliar o conhecimento da sociedade sobre essa condição genética rara. Recentemente, entrou em vigor a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Albinismo, estabelecida pela Lei nº 15.140, proporcionando avanços para garantir direitos e cuidados especializados. A Sociedade Brasileira de Dermatologia destaca a importância dessa política para melhorar a qualidade de vida das pessoas com albinismo. O albinismo é caracterizado pela ausência ou deficiência de melanina, pigmento que dá cor à pele, olhos e cabelos, tornando a pele extremamente sensível à luz solar. Isso aumenta o risco de queimaduras graves e câncer de pele. Os tipos mais comuns de câncer de pele entre pessoas com albinismo são os carcinomas não melanoma, como o carcinoma espinocelular e o carcinoma basocelular, que podem evoluir de forma agressiva se não forem tratados precocemente. No Brasil, onde a exposição solar é constante, a Sociedade Brasileira de Dermatologia atua na defesa de políticas públicas para prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de pele. A campanha Dezembro Laranja destaca a importância da fotoproteção, especialmente para grupos de risco como as pessoas com albinismo. Medidas preventivas, como o uso diário de protetor solar, roupas adequadas e óculos de proteção, são essenciais, porém o alto custo desses itens representa um desafio. A SBD defende a distribuição gratuita de protetores solares e roupas adequadas, propondo a inclusão dos fotoprotetores na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) para oferta pelo SUS. Além disso, recomenda a criação de programas de fotoproteção e a articulação com a indústria para produção acessível de fotoprotetores de qualidade. Essas medidas visam reduzir a incidência de câncer de pele entre pessoas com albinismo, aproveitando a nova Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Albinismo para fortalecer essas ações.