Existem diversos fatores socioeconômicos que influenciam o impacto do eczema na vida das crianças. Quando uma criança desenvolve eczema, isso afeta significativamente sua qualidade de vida e a de suas famílias. O eczema se manifesta como placas rosadas e coceira intensa, especialmente nas dobras dos cotovelos, atrás dos joelhos e nos tornozelos. A coceira é um sintoma comum e ocorre devido à diminuição da função de barreira da pele, levando a um ciclo de coceira e coçar que agrava a situação.
A coceira afeta o sono, a concentração e o desempenho escolar das crianças. Além disso, o ato de coçar danifica ainda mais a barreira da pele, aumentando as necessidades nutricionais, o risco de infecções e prejudicando o desempenho escolar. A falta de acesso a dermatologistas pediátricos, principalmente em áreas rurais, dificulta o tratamento adequado do eczema, impactando a vida diária das crianças e suas famílias.
Além disso, o tempo de espera para consultar um dermatologista pediátrico pode chegar a seis meses, e os tratamentos para dermatite atópica são caros e nem sempre são cobertos pelos seguros de saúde. A necessidade de lidar com os requisitos rigorosos de terapias e a burocracia do sistema de saúde torna o processo ainda mais desafiador para os pacientes e suas famílias. Todos esses fatores dificultam a gestão adequada do eczema e impactam negativamente a qualidade de vida dos pacientes.
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No dia 13 de junho é celebrado o Dia Internacional de Conscientização sobre o Albinismo, uma data instituída pela ONU em 2014 com o objetivo de dar visibilidade às pessoas com albinismo, combater o preconceito e ampliar o conhecimento da sociedade sobre essa condição genética rara. Recentemente, entrou em vigor a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Albinismo, estabelecida pela Lei nº 15.140, proporcionando avanços para garantir direitos e cuidados especializados. A Sociedade Brasileira de Dermatologia destaca a importância dessa política para melhorar a qualidade de vida das pessoas com albinismo. O albinismo é caracterizado pela ausência ou deficiência de melanina, pigmento que dá cor à pele, olhos e cabelos, tornando a pele extremamente sensível à luz solar. Isso aumenta o risco de queimaduras graves e câncer de pele. Os tipos mais comuns de câncer de pele entre pessoas com albinismo são os carcinomas não melanoma, como o carcinoma espinocelular e o carcinoma basocelular, que podem evoluir de forma agressiva se não forem tratados precocemente. No Brasil, onde a exposição solar é constante, a Sociedade Brasileira de Dermatologia atua na defesa de políticas públicas para prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de pele. A campanha Dezembro Laranja destaca a importância da fotoproteção, especialmente para grupos de risco como as pessoas com albinismo. Medidas preventivas, como o uso diário de protetor solar, roupas adequadas e óculos de proteção, são essenciais, porém o alto custo desses itens representa um desafio. A SBD defende a distribuição gratuita de protetores solares e roupas adequadas, propondo a inclusão dos fotoprotetores na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) para oferta pelo SUS. Além disso, recomenda a criação de programas de fotoproteção e a articulação com a indústria para produção acessível de fotoprotetores de qualidade. Essas medidas visam reduzir a incidência de câncer de pele entre pessoas com albinismo, aproveitando a nova Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Albinismo para fortalecer essas ações.