Em breve, a inteligência artificial estará presente em todas as etapas da medicina, incluindo a triagem e o suporte à decisão clínica em tratamentos complexos. No 78º Congresso da Sociedade Brasileira de Dermatologia, especialistas discutem como a IA já está sendo utilizada nos consultórios dermatológicos do Brasil.
A IA tem sido uma ferramenta essencial na prática clínica, especialmente no diagnóstico por imagem, conseguindo diferenciar lesões benignas de melanomas com maior precisão do que a observação clínica isolada. Além disso, auxilia na análise de margens cirúrgicas, no acompanhamento de pacientes e na triagem de casos prioritários na teledermatologia.
Pesquisas buscam associar a IA a protocolos terapêuticos, prevendo respostas ao tratamento e personalizando condutas em casos de melanoma avançado. Dados do Inquérito Dermatológico da SBD mostram a importância da detecção precoce de cânceres de pele, reforçando a necessidade de tecnologias para otimizar a triagem, principalmente em regiões com poucos dermatologistas.
O uso da inteligência artificial tende a crescer, promovendo uma medicina mais personalizada e integrada. Países como EUA, Alemanha e Austrália lideram o uso da IA na dermatologia, mas o Brasil também se destaca com grupos de pesquisa de excelência e iniciativas de rastreamento populacional. O desafio atual é reduzir a desigualdade de acesso à tecnologia.
Embora otimistas com os avanços, é crucial estar atento aos riscos da adoção indiscriminada da IA, como reprodução de vieses dos bancos de dados, questões éticas e o risco de substituir o julgamento clínico. A tecnologia deve ser uma aliada, não uma substituta do olhar humano na medicina.
Enquanto a ciência avança, o compromisso com a saúde da pele começa na conscientização, sendo essencial levar informação, diagnóstico e tratamento a todos os brasileiros. A tecnologia pode ser uma ponte nesse caminho, mas a conscientização continua sendo fundamental.
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