Selecionada como KIPRIME Fellow pelo Karolinska Institutet, da Suécia, a professora da faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Patrícia Zen Tempski, enfatizou durante o XV Fórum Nacional de Ensino Médico do Conselho Federal de Medicina (CFM) em Brasília, que os professores que não dominarem as ferramentas de Inteligência Artificial (IA) serão substituídos por aqueles que possuem conhecimento das novas tecnologias.

Ela ressaltou a importância de integrar a IA no ensino médico, destacando que a tecnologia pode contribuir significativamente para a avaliação dos estudantes, enriquecimento do conteúdo e atualização das referências. Patrícia também mencionou a necessidade de os profissionais da saúde se adaptarem às novas ferramentas tecnológicas disponíveis.

Além disso, a professora, que já coordenou a formação de mais de 7,5 mil professores e faz parte do Sistema de Acreditação de Escolas Médicas (Saeme-CFM), enfatizou a importância da qualidade da formação dos profissionais de saúde, ressaltando a relevância da personalização no processo de ensino.

Patrícia defendeu a utilização de tecnologias pedagógicas, como simulação e ensino híbrido, para garantir a segurança do paciente, critérios esses valorizados pelo Saeme. Mais de 60 faculdades de medicina já foram avaliadas pelo sistema do CFM, que recebeu reconhecimento internacional da World Federation for Medical Education (WFME).