A conferência de encerramento do IX Congresso de Humanidades Médicas, realizada em Brasília, teve como tema "Entre a longevidade e a brevidade da vida, a luta contra a impermanência". O encontro foi presidido por Krikor Boyaciyan e teve como secretária Helena Maria Carneiro Leão, membros da Comissão de Humanidades Médicas do CFM. O padre e médico Aníbal Gil Lopes conduziu a conferência, trazendo reflexões sobre envelhecimento e felicidade em uma sociedade que impõe padrões.
Aníbal Gil Lopes destacou a dualidade entre o desejo humano pela permanência e a realidade da brevidade da vida. Segundo ele, a essência da vida está na constante transformação: "Eu só posso aprender quando percebo que não sei. Eu só posso me tornar o que não sou". Essa percepção revela a grandiosidade do que nos falta e impulsiona o desenvolvimento humano.
O conferencista ressaltou a importância de repensar o envelhecimento em uma sociedade que valoriza a longevidade. Para ele, envelhecer não significa apenas perda, mas também a oportunidade de redescobrir significados e valores: "É através desse processo desafiador que compreendemos o verdadeiro valor do que perdemos e do que não temos", afirmou.
Aníbal Gil Lopes também alertou sobre os desejos impostos pela sociedade e pela mídia, que muitas vezes afastam as pessoas de suas verdadeiras aspirações. Ele enfatizou que a plenitude da vida está na conexão com os outros: "Não somos humanos isoladamente, somos humanos como parte da humanidade. A plenitude da vida está na relação contínua, no crescimento e na infinitude do ser", concluiu.
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